PF indicia mais 3 militares no inquérito que investiga o plano de golpe de Estado
11/12/2024
Os três foram indiciados por organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Polícia Federal indicia mais 3 militares no inquérito que investiga plano de golpe de Estado pra manter Bolsonaro no poder
A Polícia Federal indiciou nesta quarta-feira (11) mais três pessoas no inquérito que investiga o plano de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Os novos indiciados são todos militares e a Polícia Federal detalhou a participação de cada um deles no plano para impedir a posse do presidente.
Aparecido Andrade Portela é militar da reserva e suplente da senadora Tereza Cristina, do PL. De acordo com a PF, ele fazia a ligação entre o governo de Jair Bolsonaro e financiadores de manifestações antidemocráticas. Ele visitou o Palácio da Alvorada pelo menos 13 vezes em dezembro de 2022.
Reginaldo Vieira de Abreu é coronel do Exército e foi chefe de gabinete do então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, general Mário Fernandes, que também foi indiciado por participação na trama golpista. Reginaldo foi acusado de disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral. E, ainda de acordo com a PF, no dia 16 de dezembro de 2022, Reginaldo imprimiu no Palácio do Planalto o documento “GabCriseGSI.doc", que seria utilizado para assessorar Bolsonaro após a concretização do golpe.
O terceiro indiciado é o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo. Ele foi preso na operação que investiga a tentativa de assassinato do presidente Lula e do ministro do Supremo Alexandre de Moraes.
Os três foram indiciados por organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. E isso só foi feito agora porque os investigadores estavam analisando o material apreendido na operação e os depoimentos dados pelos investigados.
Esses três nomes se juntam aos outros 37 indiciados nesse inquérito, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa dele, o general Braga Netto.
Os indiciamentos nesta quarta-feira (11) também serão analisados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. A previsão é que até fevereiro de 2025 a PGR apresente ao STF - Supremo Tribunal Federal as denúncias contra os investigados que, na avaliação do Ministério Público Federal, teriam responsabilidade no plano para dar um golpe de Estado.
PF indicia mais 3 militares no inquérito que investiga o plano de golpe de Estado
Reprodução/TV Globo
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